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A Origem e a Linha do tempo detalhada




Tudo sobre o Oboé - Características, Curiosidades, A Origem do Oboé, Linha do tempo


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Aprenda Oboé Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com Tema do artigo: O Oboé: Características, Curiosidades, A Origem do Oboé, Linha do tempo. Este artigo faz parte do guia completo de introdução ao estudo de Oboé. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. Acesse o Blog na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com – Informações: Marcos Oliveira – marcos_oboista@yahoo.com.br CARACTERÍSTICAS Cada tipo de instrumento tem seu som característico com qualidades do som que diferem um do outro e todo conjunto de fenômenos sonoros possuem uma descrição matemática extremamente precisa, isto é que identifica o timbre. Outras características afetam o modo como os sons são produzidos no oboé: tamanho (62 cm), formato (cônico), presença de palheta dupla, seleção e qualidade da madeira, usinagem da madeira (corte, perfurações, torneamento), protótipo e montagem, entre outros aspectos do corpo e da mecânica, assim como o “toque” final do fabricante. Os harmônicos no Oboé têm intensidade superior à freqüência fundamental, isto permite a emissão de notas ricas; tornando as graves: densas; e as mais agudas: penetrantes. O som é nasalado é mais áspero quando comparado com o timbre claro e aberto da flauta. Esta qualidade que diferencia o Oboé dos outros instrumentos musicais, conferindo a ele o papel de afinar a orquestra. O sistema atual das perfurações foi proposto por Theobald Boehn em 1832. Construtor alemão de flautas, Boehn propôs um sistema em que orifícios são controlados por chaves, e determinam a freqüência exata da produção de cada nota musical. A qualidade sonora e a variedade de estilos no Oboé dependem da sensibilidade e da técnica do oboísta, se possui uma boa embocadura, dedicação ao estudo, etc; associado às técnicas de respiração conseguirá expressar muitos timbres. Dica: a música não tem limites, por isto, nunca pare de estudar! Dedique-se ao seu instrumento. Oboé S6 Evoluzione Patricola, 2008. www.patricola.it Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _21 CURIOSIDADES CHARAMELA ou CARAMILLO - OBOÉ DA IDADE MÉDIA ORIGEM DO NOME: O nome “Oboé” vem do nome francês haut bois, que significa madeira alta, devido ao seu registro agudo. Embora a pronúncia atual de haut bois se assemelhe a “oboá”, até o século XVII à pronúncia era “Oboé”. Como o instrumento já havia se espalhado pelo mundo quando esta mudança ocorreu, o nome permaneceu assim em português e em algumas outras línguas. Pela mesma razão, em algumas línguas o instrumento é chamado de “oboa”. CLASSIFICAÇÃO: A definição do Oboé é do Naipe: madeiras. O termo madeiras, refere-se à forma de execução e não ao material de que o instrumento é feito. E estes por sua vez são subdivididos de acordo com a forma de produção de som. TIMBRE: Devido ao seu timbre penetrante e ao fato de ser o único instrumento de sopro que não depende de regulagem para afinação, é o Oboé que toca a nota “Lá” antes de um concerto começar, para que todos os outros instrumentistas afinem seus instrumentos. COMPOSITORES: Os Oboés foram incorporados à orquestra em meados do século XVII, onde desfrutou de grande popularidade entre compositores como Bach, Tomaso Albinoni, Vivaldi e Handel, do período barroco. Sendo o único instrumento musical que permaneceu regularmente presente nas orquestras até os dias atuais. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _31 A ORIGEM DO OBOÉ OBOÉ DO PERÍODO BARROCO UMA “PEQUENA” HISTÓRIA Os instrumentos de palheta dupla são utilizados no mundo inteiro desde os tempos mais remotos. As provas mais antigas levam-nos à civilização Suméria, a primeira a utilizar a escrita, três mil anos a. C. Conhecemos sobretudo o Aulos grego e a Tibia romana, mas encontram-se ainda hoje "Oboés" que evoluíram muito pouco e que nos dão a ideia de como eram os instrumentos primitivos. Apesar de serem diferentes, estes apresentam algumas analogias. Na "nossa" Idade Média, as Bombardas e Charamelas são usadas em diversas ocasiões. Mas foi na Renascença (Séc.XVI), e graças aos primeiros tratados de organologia que ficamos a saber da grande evolução que os instrumentos tiveram. O espírito inventivo da época trouxe melhoramentos consideráveis, por exemplo a distância entre orifícios diminuiu, aparecem as primeiras chaves nos instrumentos graves, o apoio dos lábios fica mais curto permitindo assim um controle sobre a palheta, melhorando a sonoridade a afinação. No fim do Séc. XVI princípio de XVII, dá-se a grande mudança com o aparecimento da ópera em que a voz é solista. Para esta nova forma, são precisos instrumentos que acompanhem, (imitem) o que a voz canta, assim no decorrer deste século e no seguinte, assiste-se à introdução de "novos" instrumentos nas orquestras. As Flautas de bisel são substituídas pela Flauta travessa ou alemã, alguns instrumentos de palheta dupla, pela sua rudeza são postos de lado, mas em contrapartida o fagote ganha terreno. O controle do som já é feito pelos lábios e a sua sonoridade é aceite pelos compositores. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _41 Só em 17 de Janeiro de 1657, Lully, utiliza o Oboé pela primeira vez no bailado "L'amour Malade", embora não haja uma alusão concreta ao instrumento, há uma indicação inglesa de aproximadamente 1695 que refere: "O presente Oboé com menos de 40 anos, é um aperfeiçoamento do (grande) Oboé francês, muito semelhante às Charamelas", aqui o adjetivo ‘grande’ não é para classificar o tamanho mas a tessitura, seria um Oboé grave. Neste comentário ao subtrair cerca de 40 anos à data, ficamos com mais certezas que o nosso Oboé entrou oficialmente na orquestra de Lully em 1657. Daqui em diante o Oboé só conheceu a glória. No período Barroco e Clássico é utilizado por todos os compositores, tanto na orquestra como em solista, mas tecnicamente evolui pouco e Mozart começa a preferir o Clarinete, pela sua sonoridade doce e emissão fácil. Em 1799 nasce Henri Brod, grande virtuoso e pedagogo, veio sobretudo inovar a construção do Oboé, melhorando a forma interior, modernizando o mecanismo, e a grande inovação: inventou os atuais "pratos" onde encaixam as sapatilhas, possibilitando uma maior precisão em toda a construção. Beethoven escreveu um concerto para Oboé que se perdeu. No Romantismo só há lugar para o Oboé na orquestra. Robert Schumann compôs as "Drei Romanzen op.94" para oferecer a Clara Schumann, sua esposa, como prenda no Natal de 1849, sendo esta a única obra de um compositor representativo do período romântico escrita originalmente para Oboé. Como se disse, na orquestra o Oboé tem um papel de extrema importância, nas sinfonias de Brahms, Mendelssohn, nas óperas de Rossini, Verdi, Wagner, é sobretudo com os dois últimos, que também o Corne-inglês tem um papel de destaque, basta referir alguns solos importantíssimos de óperas: (Verdi) "Baile de Máscaras", "Falstaff", "D. Carlos", (Wagner) "Tristão e Isolda" e em todas as Óperas o Corne inglês. tem sempre algo a "cantar". Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. OBOÉ DO PERÍODO CLÁSSICO _51 Ainda na segunda metade do Séc.XIX a 13 de Outubro de 1842, nasce em Palermo (Sicilia) Antonino PASCULLI OboístaOBOÉ MODERNO compositor, achando que não havia obras que satisfizessem a sua virtuosidade, resolveu escrevê-las. Temos assim no nosso repertório e a título de exemplo: "Fantasia" Sull' Opera Poliuto di Donizetti, "Gran Concerto" su temi dall' Opera "I Vespri Siciliani" di Verdi, etc., podemos considerar estas obras ainda do período Romântico. Devemos a Felix Mendelssohn o renascer do esquecido J.S.Bach, que é também o renascer da família dos OBOÉS, desde então votada a um imerecido esquecimento, sobretudo o Oboé d'Amor com a sua sonoridade entre o Oboé e o Corne inglês, tem o timbre ideal para acompanhar as vozes que Bach desejava que chegassem à Deus. No virar do Séc. XIX para o Séc. XX assistimos à grande mudança já com Ravel, que no seu concerto para Piano em Sol, compôe no segundo andamento um dos solos mais belos para Corne inglês, seguindo por Stravinsky. No que diz respeito ao aperfeiçoamento do instrumento, este, atingiu a configuração atual em 1906, com o modelo do Conservatório de Paris. Outros países criaram modelos próprios, mas sempre com base no sistema francês. As grandes melhorias dos últimos anos, centram-se na afinação, precisão e durabilidade do mecanismo, homogeneidade do som em todos os registos, facilidade de emissão sobretudo na região grave. Os fabricantes alemães permaneceram mais fiéis à tradição ao passo que os franceses estiveram sempre abertos a algumas melhorias técnicas. Atualmente já é possível encontrar no mercado Oboés feitos de resina plástica (ABS), porém o som não possui as mesmas qualidades dos Oboés feitos em madeira, pois a madeira possui qualidades próprias que determinaram sua sonoridade (densidade, presença de fibras e poros, entre outras). Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _61 LINHA DO TEMPO Este cronograma do desenvolvimento do oboé na história possui uma breve narrativa da linha do tempo. Antiguidade - Os antepassados do Oboé e sua palheta dupla são provavelmente os mais antigos que outros instrumentos. Instrumentos similares à palheta dupla aparecem na arte e foram referenciados na literatura da Índia, Mongólia, China e Japão, e com os árabes e gregos. A partir daí, a sua influência se espalhou pelo oeste da Europa provavelmente por meio da “Rota da Seda” (uma série de rotas interconectadas através da Ásia do Sul, usadas no comércio da seda entre o Oriente e a Europa) e combates medievais na época das Cruzadas. Aulos: Na Grécia antiga começaram a usar este instrumento no teatro, bem como em ocasiões importantes. Consistia em um instrumento de corpo-duplo, formato cilíndrico (para ter um tipo de embocadura) com buracos para os dedos. Esta foi uma das primeiras aparições registradas de um instrumento de palheta dupla. 1200 – Doucaine: foi descoberto há alguns anos atrás (cerca de 1969) em um naufrágio de um dos navios afundados de 'Henry III' (Rei da Inglaterra, 1207-1272). É semelhante ao 'Shawm' mas tem um orifício cilíndrico, em vez de cônico. 1400 – Crumhorn: O nome do 'Crumhorn' vem do alemão krumhorn, significando chifre-curvado. Foi utilizado desde o 14 séc. ao 17 séculos na Europa, e teve a sua origem de uma bexiga em formato de cachimbo. É de madeira, com um furo cilíndrico e uma palheta dupla que é coberta por uma tampa de madeira perfuradas por uma fenda levantada na qual o instrumentista toca. O efeito desta articulação é de abrir/fechar a saída de ar. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. Egípcio tocando AULOS, de palheta dupla. 475 A.C. CRUMHORN Popular na Europa entre os séculos 14 a 17. _71 Curtal ou Dulcian: É o precursor do Fagote. O corpo cônico e um desdobrável orifício cônico, onde a palheta é anexada ao final de um bocal de metal inserido no topo deste pequeno orifício. O antecessor do moderno Fagote floresceu entre 1550 e 1700, antes disto existiu o Fagote barroco usado na Espanha até o início do século XX. Veja a imagem a seguir. 1500/1600 – Rackett: De inventor desconhecido foi outro relacionado ao Fagote em meados de 1576. A sua estrutura interna é constituída de 9 cilindros paralelos criando um longo tubo capaz de atingir notas muito graves. Por causa de sua construção, o padrão de digitação era estranho e dificuldade às vezes para o músico. Em meados de 1600 um alemão criou sua versão barroca com melhorias no sistema de digitação; aumentou o número de cilindros porém condensou o tamanho, isto o tornou um instrumento mais versátil para alcançar notas. Veja como a foto à esquerda. 1200-1600 – Shawn: Este foi o antepassado direto do Oboé, provavelmente introduzido na Europa durante as cruzadas, quando os exércitos usavam o instrumento para anunciar o início da guerra, bem como para a dança. O formato cônico e amplo, construído com uma peça única de madeira com buracos para os dedos. Vide à foto à direita. 1600 – Cor anglais, English horn (chifre angulado): Apesar de ter sido criado no século 17, só entrou no padrão de orquestra em meados de 1830. É caracterizado pela campana forma de sino (curvilíneo) e utilização de um bocal. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _81 Jean-Baptiste Lully (1632-1687): foi um compositor francês de origem italiana, trabalhou a maior parte de sua vida na corte de Luís XIV (França). Para ele foi creditada a criação da ópera francesa e seu estilo de composição influenciou largamente a orquestra e literatura na Europa. Ele foi provavelmente envolvido no desenvolvimento do 'hautbois'. Em 1657 ele acrescentou vários instrumentos em orquestras. Financeiramente, foi o músico mais bem-sucedido de seu tempo, também foi talentoso violinista e bailarino; colaborou com inúmeras peças teatrais, incluindo peças sacras, era amante de literatura e artes. Tomaso Giovanni Albinoni (1671-1751): nasceu em Veneza, filho mais velho de um comerciante. Uma criança prodígio, Albinoni ficou conhecido como cantor e, mais em notavelmente, como um virtuoso violinista. Logo abandonou o seu desempenho profissional e dedicou-se inteiramente à composição. Morou por toda a vida em Veneza, casou-se com a conta de ópera Margherita Raimondi, e compôs 81 obras para óperas, a maioria delas com grande aclamação na Itália e no norte da Europa. Considerado igual aos gigantes contemporâneos Corelli e Vivaldi, Albinoni publicou suas composições na Itália, Inglaterra e Holanda. Todas suas composições foram patrocinadas por importantes membros da nobreza européia. Iniciou a compor em meados de 1700, concertos quase que exclusivamente para cordas. Porém, foi o primeiro italiano a compor concertos para oboé. É provável que os primeiros concertos com um solo de oboé apareceram com compositores alemães como Telemann ou Handel. No entanto, os quatro concertos com um oboé (n. º s 3, 6, 9 e 12) e outros quatro com dois oboés (n. º s 2, 5, 8 e 11) relevaram o sucesso de sua fórmula, Opus 7 - 1715, repetida então com o concerto para oboé e cordas: Opus 9 - 1722. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _91 Hautbois - Jacques (Jean) Martin Hotteterre (1674-1763): ele foi um dos mais reconhecidos membros da família Hotteterre, que já possuía renome na criação de vários instrumentos musicais do século 17, incluindo o 'hautbois', onde começa a nascer o oboé que conhecemos atualmente. Foi um notável músico e respeitado professor na França, membro de uma dinastia musical, atuou na orquestra da corte de Luís XIV, realizando melhorias. Além de tocar flauta e fagote, foi compositor de muitas peças e sonatas para estes instrumentos, principalmente para flauta. Foi quando Jean finalmente desenvolveu uma nova versão do ‘Shawn’ devido à crescente necessidade de flexibilidade na música cromática da época. Seus irmãos Martin Hotteterre e Michel Philidor foram responsáveis pela criação de outros diversos instrumentos barrocos. As mudanças foram: o estreitamento do orifício, o instrumento foi dividido em três partes e diminuiu a largura da palheta. Além disso, algumas chaves foram acrescentadas para facilitar a digitação das notas. 1700 – Oboe d’amore: foi usado primeiramente em uma orquestra por Christoph Graupher (1683-1760), e posteriormente por J.S. Bach e G. P. Telemann. No entanto ele caiu em desuso no século 19, retornando com compositores como Strauss e Debussy. É um instrumento transpositor em LÁ, portanto um terço abaixo do oboé (em Dó), reconhecido como a voz 'alto' da família. 1800 – Heckelphone (oboé baixo): Criado por Wilhelm Heckel, possui um corpo alongado e alcança uma notas muito mais graves que a versão do Oboé. Não é comumente usado, mas apareceu em algumas peças orquestrais do século 19 ("The Planets" de Gustav Holst). Em 1831 foi criada a fabricante alemã de instrumentos, por Johann Adam Heckel; produzindo atualmente desde fagotes, contra-fagotes, hechelfones, até o hechelfone-piccolo. Este trecho da história será detalhado no guia sobre o fagote e suas respectivas histórias. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _101 1820 – Stephen Koch (1772-1828) e Joseph Sellner (1787-1843): desenvolveram o oboé com estilo vienense, com uma aparência clássica e furos que foram considerados extremamente estreitos para os padrões da época, e extremamente versátil com 13 chaves e ainda propondo palhetas mais estreitas, alterando ‘a personalidade’ do período barroco. Sellner desenvolveu métodos para oboé e saxofone. 1860 – Oboé moderno - Família Triébert: França, aqui ocorreu grandes mudanças, em especial entre a família Triébert. A base do "oboé moderno" foi desenvolvido pela família Triébert no século 19, sendo a família inventora de instrumentos em Paris (1810-1881). Usando uma flauta Boehm como fonte de idéias para os trabalhos nas chaves, Guillaume Triébert (1770– 1848) e seus filhos, Charles-Louis e Frédéric (1813-1878), conceberam uma série cada vez mais complexas de funções nos sistemas de chaves (ilustração ao lado). Seu segundo filho, Frédéric, desenvolveu novo sistema com montagem flexível (encaixes de registro médio-grave e agudos) e alguns buracos cobertos por chapas perfuradas. Na mesma época seus instrumentos foram declarados de uso oficial pelo Conservatório de Paris por Georges Gillet e Francois Lorée (que trabalhou por 14 anos com Triébert). O trabalho da família Triébert marcou as características do Oboé (estilo francês) que conhecemos atualmente, agora com o aperfeiçoamento no sistema Boehm do oboé. Depois disto o francês François Lorée, realizou desenvolvimentos importantes que definem o oboé moderno. Pequenas melhorias foram feitas para os furamentos através do século 20 até os dias presentes, mas não houve nenhuma mudança fundamental para as características gerais do instrumento por várias décadas. Oboé de Triébert, 1830. Museu de Arte Boston/EUA Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _111 1799-1839 – Henri Brod: foi exímio oboísta, fabricante de instrumentos, professor e compositor. Atualmente os oboístas usam as ferramentas engenhosas que ele criou como o “cane shaper”, “gouging machine” e “straightbodied”. Era um homem criativo e muito inovador; criou os atuais "pratos" onde as sapatilhas são encaixadas, possibilitando desde então uma maior precisão em toda a construção do oboé. Foi aluno de Gustave Vogt e fez parte do seu quinteto “Reicha”. Viveu em Paris, tocando na orquestra de ópera e dedicando-se no Conservatório. Ele criou 28 peças para quintetos de madeira, e 3 obras se descatam (no opus 2), que são as mais brilhantes e virtuosas, pois exploram ao limite a capacidade técnica do oboísta, fazendo uso de todos os recursos de mecanismo recentemente feitos na mesma época. No momento de sua morte, com apenas 40 anos de idade, ele estava em processo de re-desenvolvimento de um oboé tenor, trabalho que seria concluído até o final daquele século. Mais tarde sua idéia foi retomada por fabricantes alemãos, resultando no Heckelphone. 1781-1870 – Gustave Vogt: começou tocando na orquestra da “Opéra-Comique” em 1812. Em 1814 foi o nomeado assistente dos professores de oboé do Conservatório de Paris e também foi professor (1816-1853), quando fez um método para oboé e alguns artigos. Junto com Antonio Sallantin (1754-?) apresentou sugestões de melhoria para quatro notas do oboé (o Fá de forquilha, Si grave, Mi e Dó graves), participou do quinteto “Reicha”. Em união com outros os estudantes: Henri Brod, Stanislas Verroust, Apollon-Marie-Rose Barret, e Charles-Louis Triébert, entre outros; Gustave Vogt desempenhou um papel importantíssimo na concepção mecânica e de precisão. E também é lembrado por ter aperfeiçoado vários outros instrumentos do naipe “madeiras”. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _121 1835-1902 – François Lorée: nasceu e cresceu em uma época em que se verificou não só o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da construção do oboé, mas também uma expansão para o interesse geral e a popularidade de instrumentos de madeira. Em 1881, François Lorée, ex-chefe de Triébert, se estabelece com a fundação de sua própria fábrica de oboé e corne inglês. Já em 1882, seu oboé foi aprovado por Georges Gillet como o oboé oficial para uso no Conservatório, ganhando rápida popularidade entre os estudantes. Os jovens alunos de Gillet logo adrquiriram seus em 1881 e 1882, foram eles: Cesar-Paulin Aubert, Jean-Baptiste Chassaing, Alfred-François Robert, Jules-Victor Bertain, Henri Gunstoett, Désiré-Alfred Lalande, Maxime-Léon Maury e Louis Bas. Entre as diferentes categorias de instrumento fabricadas no século 19, apenas instrumento de sopro construídos em madeira e latão tiveram um aumento na produção. Mesmo aposentado, em 1893, Lorée continua refletindo sobre o impacto da música na vida das pessoas, e como continuar com sua tradição no novo século. Mais tarde seu filho Lucien Lorée assume a empresa em 1902, com a morte do pai. Ainda auxiliado por Georges Gillet, Lucien moderniza o oboé com importantes invenções, e estas mudanças tiveram efeito em todo o mundo. Até hoje, em comparação com os métodos de fabricação de muitas empresas, a marca 'Lorée' se destaca, mantém um grau de envolvimento pessoal e de cuidados para os seus produtos, o que lhe concede um grande renome internacional. Sistema Boehm de Lorée Versão de Lucien, 1913. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _131 1804–1879 – Apollon Marie-Rose Barret: nasceu na França e foi professor de oboé na “Royal Academy of Music” de Londres. Ele publicou seu "Método completo de Oboé" que tem sido amplamente utilizado por professores de oboé em todo o mundo desde então. É ainda lembrado por ter aperfeiçoado o sistema do oboé no século 19, em colaboração com o fabricante Triébert - o que viria a resultar no oboé atual. Foi aluno de Gustave Vogt no Conservatório de Paris, e passou a maior parte de sua vida tocando, durante 45 anos, foi o primeiro-oboísta do “Royal Italian Opera”, Covent Garden, em Londres. 1854-1920 – Georges Gillet: este foi outro célebre professor de oboé do Conservatório de Paris. Vários de seus alunos se tornaram célebres oboístas, e estabeleceu a escola "Franco-americana" com um método próprio de ensino do oboé. Em junho de 1868 recebeu seu primeiro prêmio na competição 'Charles Colin' de solistas, e a medalha por Excelência de leitura musical. Fez carreira como oboísta na Itália (1872). Participou da orquestra da Ópera de Paris (1878-1895). Em 1879 foi membro da 'Chamber Music Society' para instrumentos de madeira, onde realizou inúmeros trabalhos por mais de 20 anos com o famoso flautista Paul Taffanel. Participou de todos os concertos como oboísta principal, exceto em 1887, quando estava na Rússia com Taffanel, Turban e Charles Camille Saint-Saëns. Em 1881, Gillet leva outro mestre após Charles Colin (1832-1881), ao Conservatório de Paris. Foi nessa época o mais jovem professor de oboé desta grande instituição. Usaram seu ensino em estudos com Barret, Ferling, Luft e Brod. Publicou o seu famoso 25 estudos e dá uma contribuição especial para a literatura de ensino oboé. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _141 Seus estudos excederam as limitações técnicas de oboé, incluindo as mais difíceis combinações de notas de grave, desenvolvimento de passagens agudas e fraseados de oitavas/harmônicos, páginas dedicadas a trilhos (cromática ou em sttacato), que continuam a ser um desafio para todos oboístas. Ironicamente, ele ofereceu as maiores inovações musicais quase que inteiramente obras escritas por compositores não-oboístas. Dedicou a maioria dessas peças para competições, mas também muitas peças compositores de oboé, como: Barthe, Godard, e Dimert Colomer. A melhoria mais significativa foi substituindo o sistema de anel pelo sistema de 'bandeja' permitindo a simplificação da técnica ao tocar. Por isto Gillet dividiu seus méritos sobre melhorias na mecânica do oboé com Lorée, que continuou realizando melhorias antes de falecer, até o seu modelo final de 1906. Georges Gillet é tio de Fernand Gillet (1882-1980), também oboísta. Muitos hoje em dia não percebem, mas Fernand Gillet (foto), assim como o seu tio, desenvolveu novas técnicas no controle de expressão ao tocar instrumentos, especificamente a flauta e o oboé, transformando radicalmente a maneira de seus próprios professores ensinarem. Há muito mais o que falar sobre esta história. Pessoas simples que se dedicaram à música e ao desenvolvimento de instrumentos ficaram registradas na história. Faça a sua parte: construa “novas histórias”. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. _151 “Louvai ao Senhor Cantai ao Senhor um cântico novo, E o Seu louvor na congregação dos santos.” Salmos 149, 1 Este documento tem o fiel objetivo de esclarecer as principais dúvidas sobre o oboé, eliminar dúvidas, elucidar as pessoas e assim motivá-lo ao início do aprendizado deste instrumento a qualquer pessoa, sem restrições ou quaisquer discriminações. . Você que é estudante de música, lembre-se que ao estudar qualquer instrumento, faça com vontade e determinação, lutando para aperfeiçoar o seu aprendizado na música, pois assim teremos a possibilidade de nos aperfeiçoar como pessoas. Marcos Oliveira E-mail: marcos_oboista@yahoo.com.br Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com IMPRIMA ESTE ARTIGO. ESTE MATERIAL NÃO PODE SER VENDIDO. FOTO CÓPIAS SÃO PERMITIDAS. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida.


Aprenda Oboé

Respiração - Movimento - Postura




Dicas de respiração diafragmática, abordagens sobre o movimento, posturas e de como eliminar os maus hábitos desde o início dos estudos.


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Aprenda Oboé Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com Tema do artigo: Dicas de respiração diafragmática, abordagens sobre o movimento, posturas e de como eliminar os maus hábitos desde o início dos estudos. Este artigo faz parte do guia completo de introdução ao estudo de Oboé. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. Acesse o Blog na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com – Informações: Marcos Oliveira – marcos_oboista@yahoo.com.br _11 RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA Respiração com o uso do diafragma Etapa 1: Respire profundamente enchendo o fundo do seu pulmão (sem esgotar). O seu diafragma (vide ilustração ao lado) deverá expandir em primeiro lugar, depois o tórax e finalmente a parte superior do tórax. Trata-se de criar a expansão da parte superior do corpo em que, em última análise, irá te ajudar a soprar corretamente. Etapa 2: Exercite inalar “do diafragma” e não a partir do extremo superior da cavidade toráxica. Etapa 3: O sopro do ar para dentro do instrumento deve ser feito de forma natural, relaxada e sem esforço demasiado. Estes passos são particularmente importantes para um oboísta. INSPIRAÇÃO Puxa o ar, enchendo o pulmão. EXPIRAÇÃO Expulsa o ar usando o diafragma. Embocadura Etapa 1: Puxe seus lábios criando uma tensão muscular nos cantos da boa, como um assovio. Etapa 2: Coloca-se a extremidade da palheta dupla entre seus lábios relaxados, alinhado ao centro, retraindo-os levemente para dentro da boca sem tocar nos dentes. Sopro Deve manter um sopro contínuo de ar na ponta da palheta dupla, colocando-as assim em vibração uma contra a outra. O importante é o sopro contínuo, e não quantidade de ar (força do sopro). A vibração das duas canas coloca a coluna de ar existente dentro do Oboé também em vibração contínua, produzindo deste modo todas as notas. Execute os primeiros exercícios e as partituras do resto de sua vida, sempre com uma respiração calma. O Oboé é considerado um dos instrumentos de sopro de técnica mais difícil de respiração, já que requer um grande controle da saída de ar para produzir cada nota, dedique-se para adquirir sensibilidade nos músculos abdominais controlando com a respiração diafragmática. Advertências 1. Os ombros não devem ser usados como forma de tomada de fôlego. Este movimento não contribui e ainda serve para desviar a atenção de ação do seu diafragma. 2. O oboísta deve ter na “mente” que vai soprar através do instrumento e não apenas para ele. 3. Devido à pequena dimensão da abertura da palheta dupla, o instrumento requer efetivamente menos fôlego do que a maior dos instrumentos de sopro. Porém, exige uma grande quantidade de “ar de apoio”, mas o volume de ar que atravessa o Oboé é relativamente pequeno. Portanto, o grande problema é o modo de eliminação do ar dos pulmões, com o total suporte do diafragma. Por isto a boa postura é fundamental, para que não haja tensão indevida, mas sim um equilíbrio para adquirir hábitos essenciais para um bom desempenho. MOVIMENTO A principal abordagem sobre a técnica do Oboé inicia-se com o movimento. Quando nós tocamos qualquer instrumento, tal como um Oboé, ou simplesmente quando estamos respirando, é uma atividade que existe uma quantidade de movimento. E desde o início deste estudo, deve-se ter atenção na qualidade do seu “movimento”, pois isto afetará drasticamente a qualidade do seu “aprendizado”, por isto lembre-se: faça o controle de movimentos, pois tudo afetará sua performance. Princípios básicos: abaixo estão citados os princípios básicos para ter em mente enquanto estuda as técnicas do oboé. Desenvolver conhecimento sobre o mapeamento de movimentos de seu corpo. Explore a qualidade de seu movimento Aplicar a correção de postura, atentando para pescoço, coluna e braços, eliminando todas as formas de 'stress muscular', eliminar a ansiedade para obter controle total da postura correta. Encontrar e focar-se em um "local de centralização" e iniciar sua concentração, durante toda execução musical. Eliminar de seu vocabulário o uso de palavras que têm conotação negativa, quer seja no seu ensino musical ou no seu dia-a-dia. Através de sua auto-avaliação com sensibilidade, você estará mais preparado para avaliar todos os movimentos ao seu redor, e aprenderá a reconhecer a diferença entre o movimento natural, o equilibrado, e de respiração e circulação; julgando quando for necessário realizar mudanças e melhorias, como: equilíbrio, leveza, potência, fluidez e liberdade. Sempre adotando o seu "padrão pessoal". Todos os pontos citados farão a diferença no modo de tocar, no estilo e desempenho, e no seu crescimento como músico. Definindo “Postura” É a ação envolvendo o ajuste contínuo de vários tipos de posições do corpo. “O quê” A postura é muito importante, e a primeira percepção do certo/errado está no sentido da respiração: a tomada de fôlego e sopro para o ar 'correr' livremente e com facilidade através de seu instrumento. Se houver obstruções na sua postura, você vai sentir muitas tensões desconfortáveis que dificultará o seu aprendizado. Sua postura, em geral, não deve ser de uma 'estátua', isto cria tensões nas pernas, quadris, tronco, braços, mãos, pescoço e cabeça. “Como?” Pergunte a si mesmo: “Eu me sinto confortável?”. Quando a resposta é “não”, é porque você está sentindo dor ou cansaço. Encontre a melhor forma de tocar. Conscientize-se na diferença que existe entre o que é natural usando o seu “padrão pessoal”, e sem maus hábitos. “Quando?” Você deve coordenar a parte superior do corpo para criar um padrão de respiração natural e fácil. Após praticar sinta-se relaxado e confortável, lembre-se de não aperte os lábios, não adquirir hábitos incorretos ou desabar sua postura. Cada indivíduo tem o seu padrão de movimento constante no espaço, por isto, é muito importante você tocar seu instrumento com a sua postura pessoal. Legenda da figura: Além de pintor, engenheiro, químico, matemático e filósofo, Leonardo da Vinci estudou com perfeição ao limite da obsessão a anatomia humana e de animais. Descobriu no século XV em que viveu, ramos de disciplinas científicas da anatomia humana que foram estudados somente no século XX. Maus hábitos Lembre-se que nunca deve praticar estes vícios, que são todos maus hábitos para um oboísta. Então vamos eliminar os maus hábitos antes de continuar, são eles: Alterar a sua postura natural quando pegar o seu instrumento, por exemplo, ao tocar o Oboé, arqueando suas costas ou levantando seus ombros. Ter uma postura que é demasiadamente estreita ou larga (tal como muito curvado), criando uma tensão desnecessária no tronco. Relaxar muito ou tensionar muito o tórax (movimentar-se) quando inalar ou exalar o ar. Tocar ou estudar com a boca machucada, você precisará se adaptar e criará vícios ruins. Inalar (inspiração) a sua capacidade máxima de ar, pois isto prejudica o controle de saída (expiração) do fluxo de ar. Praticar estudo por mais de 4 horas por dia, ou sessões práticas muito longas. Utilizar postura e/ou esforço que atrapalham sua técnica, tornando-o resistente, cansativo e tenso. Cortar bruscamente o som da última nota de uma frase musical. Respirar durante as frases, ou antes, da vírgula (,). Se o fizer e mesmo que sobre ar, respire na vírgula novamente. Fixar a postura em parte do seu corpo. Exemplos: encostado em uma parede, de perna cruza, em pé só com apoio do lado direito, etc. Tal como às vezes uma criança escreve exatamente como ouve, podemos Durante o estudo do instrumento seu instrutor-oboísta deverá lembrá-lo de outras dicas que julgar relevantes. “Louvai ao Senhor Cantai ao Senhor um cântico novo, E o Seu louvor na congregação dos santos.” Salmos 149, 1 Este documento tem o fiel objetivo de esclarecer as principais dúvidas sobre o oboé, eliminar dúvidas, elucidar as pessoas e assim motivá-lo ao início do aprendizado deste instrumento a qualquer pessoa, sem restrições ou quaisquer discriminações. . Você que é estudante de música, lembre-se que ao estudar qualquer instrumento, faça com vontade e determinação, lutando para aperfeiçoar o seu aprendizado na música, pois assim teremos a possibilidade de nos aperfeiçoar como pessoas. E aos músicos cristãos, a vantagem excelente de exaltar o nosso DEUS com toda a nossa alma e o nosso coração. Marcos Oliveira E-mail: marcos_oboista@yahoo.com.br Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com

Marcas de Fabricantes - Dicas de como comprar




As marcas de fabricantes e o perfil do mercado para compradores brasileiros e dicas importantes para comprar seu instrumento com segurança.


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Aprenda Oboé Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com Tema do artigo: As marcas de fabricantes e o perfil do mercado e dicas importantes para comprar seu instrumento. Este artigo faz parte do guia completo de introdução ao estudo de Oboé. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. Acesse o Blog na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com – Informações: Marcos Oliveira – marcos_oboista@yahoo.com.br _11 FABRICANTES Conheça as marcas de fabricantes de Oboé em todo o mundo. O mercado da produção de instrumentos da família do Oboé se concentra nos países europeus onde se difundiu mais a música erudita, ou seja, nos países onde se encontram os grandes celeiros da música ocidental. No Brasil não existe a produção deste instrumento. A falta de interesse existe pelo fato de não ser um instrumento popular – o oboé ainda é um instrumento quase que exclusivo de orquestras profissionais. Destacam-se as marcas que são referências no mercado: Marigaux, Patricola, Lorée, Adler, Puchner, Rigoutat. São os outros fabricantes: França: Marigaux (www.marigaux.com), Buffet-Crampon (www.buffet-crampon.com), Rigoutat (www.rigoutat.fr), Lorée & Cabart (www.loree-paris.com), Fossati (www.fossati-paris.com). Itália: Patricola (www.patricola.it), Bulgueroni (www.bulgheroni.it). Estados Unidos: Conn-Selmer (www.selmer.com), Fox & Renard (www.foxproducts.com), Covey (www.oboes.com), A. Laubin. Alemanha: Püchner (www.puchner.com), Oscar Adler & Gebrüder Mönnig (www.moennig-adler.de), Roland Dupin (www.dupin.lu), Joachim Kreul (www.kreul.de), Ludwig Frank (www.frankundmeyer.de). Inglaterra: Howarth (www.howarth.uk.com), Sound Alchemy, Hans Kreul, Carlos Oboé. Austrália: Tom Sparkes (www.tomsparkesoboes.com.au) e Tony Ward. Japão: Yamaha (www.yamaha.co.jp), Musik Josef (www.josef-oboe.com). COMO COMPRAR Infelizmente, quando se trata de Oboés, existe muita diferença entre uma "Quase Mercedes" e uma "Mercedes". Os obstáculos mais comuns são sobre a compra de um Oboé de boa sonoridade e preço, do uso da palheta e a manutenção do instrumento. Existem no mercado vários fabricantes, modelos e versões de Oboés para estudantes, profissionais e semi-profissionais, fabricados de madeira, resina ou massa, e variações diversas que são um grande atrativo em relação ao preço para quem está iniciando o estudo. Se começar com uma palheta ruim ou se o instrumento não está funcionando bem, você não conseguirá avançar nos estudos e não vai conseguir obter um som decente (escuro e vibrante como deve ser). Comprar um instrumento de qualidade é um dever! Se você já pegou um Oboé em mãos, vai notar que ele tem cerca de “um milhão” de ajustes e parafusos (estou exagerando, mas não por muito). Em outras palavras, não há muito espaço para erros para a sua compra. A sugestão é que você compre o melhor Oboé que você possa pagar. As vantagens de partir para um “Oboé-Mercedes” no início são várias: 1- Você vai economizar dinheiro em reparos e ajustes em longo prazo! 2- Você também ficará espantado com a diferença de som e resposta da mecânica em um Oboé de qualidade. 3- Mesmo entre as grandes marcas você pode se enganar, e para estar mais seguro, escolha uma marca que fabrique só Oboés! Maus hábitos Lembre-se que nunca deve praticar estes vícios, que são todos maus hábitos para um oboísta. Então vamos eliminar os maus hábitos antes de continuar, são eles: Alterar a sua postura natural quando pegar o seu instrumento, por exemplo, ao tocar o Oboé, arqueando suas costas ou levantando seus ombros. Ter uma postura que é demasiadamente estreita ou larga (tal como muito curvado), criando uma tensão desnecessária no tronco. Relaxar muito ou tensionar muito o tórax (movimentar-se) quando inalar ou exalar o ar. Tocar ou estudar com a boca machucada, você precisará se adaptar e criará vícios ruins. Inalar (inspiração) a sua capacidade máxima de ar, pois isto prejudica o controle de saída (expiração) do fluxo de ar. Praticar estudo por mais de 4 horas por dia, ou sessões práticas muito longas. Utilizar postura e/ou esforço que atrapalham sua técnica, tornando-o resistente, cansativo e tenso. Cortar bruscamente o som da última nota de uma frase musical. Respirar durante as frases, ou antes, da vírgula (,). Se o fizer e mesmo que sobre ar, respire na vírgula novamente. Fixar a postura em parte do seu corpo. Exemplos: encostado em uma parede, de perna cruza, em pé só com apoio do lado direito, etc. Tal como às vezes uma criança escreve exatamente como ouve, podemos Durante o estudo do instrumento seu instrutor-oboísta deverá lembrá-lo de outras dicas que julgar relevantes. “Louvai ao Senhor Cantai ao Senhor um cântico novo, E o Seu louvor na congregação dos santos.” Salmos 149, 1 Este documento tem o fiel objetivo de esclarecer as principais dúvidas sobre o oboé, eliminar dúvidas, elucidar as pessoas e assim motivá-lo ao início do aprendizado deste instrumento a qualquer pessoa, sem restrições ou quaisquer discriminações. . Você que é estudante de música, lembre-se que ao estudar qualquer instrumento, faça com vontade e determinação, lutando para aperfeiçoar o seu aprendizado na música, pois assim teremos a possibilidade de nos aperfeiçoar como pessoas. E aos músicos cristãos, a vantagem excelente de exaltar o nosso DEUS com toda a nossa alma e o nosso coração. Marcos Oliveira E-mail: marcos_oboista@yahoo.com.br Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com IMPRIMA ESTE ARTIGO.


Períodos da Música - Música Sacra e Erudita - Brasil




Apresentação da história da música em 17 páginas ilustradas, por período da música desde os primórdios até hoje (breve resumo, influências na cultura das épocas e listas de compositores).

E complemento com resumo sobre a "Música sacra e Erudita", e sobre a 'chegada' da música no Brasil.



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Aprenda Oboé Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com Tema do artigo: Períodos da música desde os primórdios até hoje. A Música Sacra e Erudita. A ‘chegada’ no Brasil. Este artigo faz parte do guia completo de introdução ao estudo de Oboé. Autor: Marcos Oliveira – Todos os direitos estão em processo de registro na Biblioteca Nacional. A venda deste material é proibida. Impressão é permitida. Acesse o Blog na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com – Informações: Marcos Oliveira – marcos_oboista@yahoo.com.br _11 PERÍODOS DA MÚSICA Conheça os períodos da música desde os primórdios, época clássica, romântica e o período contemporâneo ao século atual. Visão geral (período, breve descrição, nome de compositores). IDADE MÉDIA ou MEDIEVAL (500 – 1400) M úsica medieval é o termo dado à música típica do período da Idade Média durante a História da Música ocidental européia. Esta Era iniciou com a queda do Império Romano e terminou aproximadamente no meio do Século XV. Determinar o fim da Era medieval e o início da Renascença pode ser arbitrário; aqui, para fins do estudo de Música, vamos considerar o ano de 1401, o início do Século XV (Dança das ninfas, 1687). Melodia gregoriana - A rápida expansão do cristianismo exige um maior rigor do Vaticano, que unifica a prática litúrgica romana no século VI. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionaliza o canto gregoriano que se torna modelo para a Europa católica. A notação musical sofre transformações, e os neumas são substituídos pelo sistema de notação com linhas. A notação musical sofre transformações, e os “neumas” são substituídos pelo sistema de notação com linhas. O mais conhecido é o de Guido d'Arezzo (995-1050). No século XI, ele designa as notas musicais como são conhecidas atualmente: ut (mais tarde chamada dó), ré, mi, fá, sol, lá, si. Cantochão: É um tipo de música muito simples: sem acompanhamento na sua primeira fase, apenas uma melodia, ritmo irregular. As melodias, dificilmente saiam de uma oitava.Não utiliza instrumento nenhum.É o tipo de música que servia para cantos da igreja. Música polifônica: Durante este período desenvolveram apenas uma altura de voz. Todas as vozes cantavam na mesma linha de voz. Mesmo que as vozes possuíam as naturais diferenças de altura entre si. O gênero predominante era o sacro (canto gregoriano) e o secular. Explicação: Os sistemas de notação impulsionam a música polifônica, já em prática na época como a música enchiriades, descrita em tratado musical do século IX, que introduz o canto paralelo em quintas (dó-sol), quartas (dó-fá) e oitavas (dó-dó). É designado organum paralelo e no século XII cede espaço ao organum polifônico, no qual as vozes não são mais paralelas, mas sim independentes umas das outras. O Organum é a evolução do cantochão. Os compositores passaram a ornamentar mais as suas músicas usando mais de uma linha melódica dando origem ao organum: -> Organum Paralelo: Era acrescentado uma linha melódica, a vox organalis (voz organal)duplicava a vox principalis (voz principal, que conservava o cantochão) em intervalos de quartas ou quintas. -> Organum Livre: a vox organalis começou a se libertar da vox principalis, deixou de copiá-la diferenciandose apenas com quintas ou quartas e passou a abaixar enquanto a voz principal se elevava (movimento contrário), conservava-se fixa enquanto a voz principal se movia (movimento oblíquo), seguia a mesma direção da voz principal mas não exatamente pelo mesmo intervalo (movimento direto). Mas o estilo de nota contra nota (enquanto uma voz canta em semínima a outra também em semínima...) continuava. -> Organum melismático: o estilo nota contra nota foi abandoado. Uma melisma é quando uma sílaba é cantada por um grupo de notas, por isso Organum Melismático. Compositores: Hildegarda de Bingen, Leonin, Pérotin, Adam de la Halle, Philippe de VitryGuillaume de Machaut, John Dunstable, Guilaume Dufay e Johannes Ockeghem. RENASCENÇA (1400 – 1600) Música renascentista se refere à música européia escrita durante a renascença ou seja, no período que abrangeu, aproximadamente, os anos de 1400 EC a 1600 EC. A definição do início do período renascentista é difícil devido á falta de mudanças abruptas no pensamento musical do século XV. N este período a arte musical começou a se descolar para fora das igrejas e alcançou as famílias da aristocracia e classes altas. A música continuou importante para a igreja. As novas composições possuíam agora partes para vozes de tenores e com melodias que exploraram mais a altura e transposição de notas. É seguro se afirmar que o movimento humanista italiano revelando e divulgando a estética das antigas Roma e Grécia, contribuiu, num nível conceitual, para uma revalidação acelerada da música, mas sua influência direta sobre a teoria musical, composição e interpretação é apenas sugestiva. Exemplo de notação musical do período. Compositores: Alexnder Agricola, Josquim des Prez, Thomas Tallis, Jacob Clemens non Papa, Giovanni Pieluigi da Palestrina, Orlando de Lasso, William Byrd, Carlos Gesualdo, Claudio Monteverdi. BARROCO (1600 – 1760) A música barroca é o estilo musical correlacionado com a época cultural homônima na Europa, que vai desde o surgimento da ópera por Claudio Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750. Foi um período "teatral" com projetos de música, roupas, pintura e arquitetura. A polifonia e contraponto da Renascença ainda predominava mas as melodias com o naipe cordas ganhava importância. Novas formas instrumentais nasciam (sonatas em solo, concerto grosso, overture, etc) e formas vocais (aria, recitativo, ópera, oratório, cantatas) e outros foram desenvolvidos (Ópera: L'Empio Punito, de: Alessandro Melani). Trata-se de uma das épocas musicais de maior extensão, fecunda, revolucionária e importante da música ocidental, e provavelmente também a mais influente. Impacto causado também pela melhoria de instrumentos e novas invenções. As características mais importantes são o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. Na realidade, trata-se do aproveitamento de apenas dois modos: o modo jônio (modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Compositores: Claudio Monteverdi, Jean-Baptiste Lully, Johann Pachelbel, Arcangelo Corelli, Henry Purcell, Alessandro Scarlatti, François Couperin, Tomaso Albinoni, Antonio Vivaldi, Georg Philipp Telemann, Jean Philippe Rameau, Johann Sebastian Bach, Domenico Scarlatti, Georg Friedrich Handel, Giovanni Battista Sammartini, Giovanni Battista Pergolesi. CLÁSSICO ou CLASSICISMO (1730 – 1820) O centro musical da Europa ficava na Áustria. Onde novos estilos musicais eram amplamente ornamentados cuidadosamente. Referido como a "Idade das Luzes", o significado de "Classicismo" na música tem a ver com os ideais gregos de objetividade, contenção emocional, que traduz na forma musical equilibrada com simetria e equilíbrio. O uso de instrumentos musicais superou muito a música vocal. Mais atenção foi dada ao dinamismo, e uso de sons dissonantes (que não se definem) foram corrigidos. Ocorreu entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX. Os compositores mais conhecidos do período clássico são Franz Joseph Haydn (1732-1809), Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – figura 1; e Ludwig van Beethoven (1770-1827) – figura 2. Compositores: Giovanni Battista Sammartini, Carl Philipp Emanuel Bach, Johann Christian Bach, Karl Ditters von Dittersdorf (1739 - 1799), Andrea Luchesi, Giovanni Paisiello, Christoph Willibald von Gluck, Franz Joseph Haydn, Michael Haydn, Luigi Boccherini, Carl Stamitz, Wolfgang Amadeus Mozart (figura 1), Domenico Cimarosa, Pe. José Maurício Nunes Garcia, Ludwig van Beethoven, Carl Maria von Weber, Franz Schubert, Antonio Salieri. ROMANTISMO (1815 – 1910) Agora a música ficou mais expressiva e emocionante com a utilização de uma vasta gama de dinâmica, expandiu-se as harmonias de novos acordes e progressões. Aqui a música foi mais importante do que em qualquer outro período. Virtuosidade foi a característica do período: certas realidades só poderiam ser captadas através da emoção, do sentimento e da intuição. Por essa razão, a música romântica é caracterizada pela maior flexibilidade das formas musicais e procurando focar mais o sentimento transmitido pela música do que propriamente a estética, ao contrário do Classicismo. No entanto, os gêneros musicais clássicos, tais como a sinfonia e o concerto, continuaram sendo escritos. A época do romantismo musical coincide com o romantismo na literatura, filosofia e artes plásticas. Importância do piano: O piano ganhou muita importância nos assuntos da maioria dos compositores, sendo usado para músicas, improvisos e estudos. No romantismo, estabeleceram-se vários conceitos de tonalidades para descrever os vocabulários harmônicos herdados do barroco e do classicismo. Os compositores românticos tentaram juntar as grandes estruturas harmônicas desenvolvidas por Haydn e aperfeiçoadas por Mozart e Beethoven com suas próprias inovações, buscando maior fluidez de movimento, maior contraste, e cobrir as necessidades harmônicas de obras mais extensas. Durante o Período Romântico, foram feitas analogias entre a Música e a Poesia ou a estruturas narrativas. Ao mesmo tempo, criou-se uma base mais sistemática para a composição e interpretação da música de concerto. Houve também um crescente interesse nas melodias e temas, assim como na composição de canções. Não esquecendo o grande desenvolvimento da orquestra sinfônica e do virtuosismo, com obras cada vez mais complexas. Compositores: Beethoven, Franz Schubert, Robert Schumann, Felix Mendelssohn, Niccolò Paganini, Edvard Hagerup Grieg, Fryderyk Franciszek Chopin, Stanislaw Moniuszko, Carl Maria von Weber, Johannes Brahms, Hector Berlioz, Antonín Dvořák, Jan Sibelius, Bedřich Smetana, Franz Liszt, Gustav Mahler, Anton Bruckner, Sergei Rachmaninoff, Richard Wagner, Giuseppe Verdi, Giacomo Puccini, Gaetano Donizetti, Gabriel Fauré, Richard Strauss, Camille Saint-Saëns, Pyotr Ilyich Tchaikovsky, Modest Mussorgsky, Pietro Mascagni, Gioacchino Rossini. MÚSICA MODERNA (a partir de 1910) Divide-se em dois momento: Modernismo e Vanguardismo. a) MODERNISMO (outra definição: MÚSICA CLÁSSICA DO SÉCULO 20): Dá-se o nome de Música Moderna às tendências musicais que surgiram durante a primeira metade do Século XX, após o Romantismo, as quais possuem caráter quase exclusivamente experimental. Entre essas tendências incluem-se o impressionismo, o expressionismo, o dodecafonismo, o atonalismo , entre outras. Assim como o Classicismo e o Barroco valorizavam a estética e o Romantismo valorizava a expressão de sentimentos, o Modernismo valorizava especialmente a inovação e a criatividade. O desenvolvimento posterior do romantismo, que inclui a música concreta, a música aleatória e minimalismo são geralmente classificados como Vanguardismo, ou "pós-modernismo". Este é o próximo tópico de “música moderna“. Os compositores criaram sua própria "linguagem" musical que nos afeta até os dias de hoje. Estes compositores criaram novos efeitos, em instrumentos e nas harmonias vocais e nas combinações de escalas e ritmos. Aplicando sensibilidade, leveza e exotismo na música. o Compositores: Igor Stravinsky, Maurice Ravel, Arnold Schoenberg, Claude Debussy, George Gershwin, Heitor Villa-Lobos, Dimitri Shostakovitch, Manuel De Falla. b) VANGUARDISMO (outra definição: MÚSICA CONTEMPORÂNEA ou PÓS-MODERNISMO): Música de vanguarda é um termo genérico utilizado para agrupar as tendências da música erudita surgidas após a Segunda Guerra Mundial. Fora desse âmbito, refere-se a qualquer obra que utilize técnicas de expressão inovadoras e radicalmente diferentes do que tradicionalmente é feito, assumindo, logo, uma caráter quase exclusivamente Experimental. Daí se entende por que compositores como Wagner e Debussy (figura) podem ser considerados vanguardistas, se levarmos em conta a música produzida em suas respectivas épocas. Métodos de composição: Serialismo Integral ou Dodecafonismo serial, Atonalismo, Música Eletrônica, Música pontilhista, Musique concrète, Composição Moderna, Computorizada, Concretismo, Electro-Acústica, Improvisação Estruturada, Improvisação Livre, Microtonalismo, Minimalista, Mixed Media, Noise, Process-Generated, Radio Works, Sound Art, Sound Collage, Sound Sculpture, Tape Music. Estudo de caso: A maioria destas tendências compartilham uma coisa em comum - uma reação contra o estilo romântico do século XIX. Tal fato fez com que certos críticos descrevessem a música do século XX com "anti-romântica". Dentre as tendências e técnicas de composição mais importantes da música do século XX encontram-se: Impressionismo, Nacionalismo do Séc. XX, Expressionismo, Música Concreta, Serialismo, Música Eletrônica, Influências do Jazz, Neoclassicismo, Música Aleatória, Atonalidade, etc. Podemos citar algumas características ou marcas de estilo que permitem definir uma peça como sendo do século XX. Por exemplo: Melodias: São curtas e fragmentadas, angulosas, em lugar das longas sonoridades românticas. Em algumas peças, a melodia pode ser inexistente. Ritmos: Vigorosos e dinâmicos, com amplo emprego dos sincopados; métricas inusitadas, como compassos de cinco e sete tempos; mudança de métrica de um compasso para outro, uso de vários ritmos diferentes ao mesmo tempo. Timbres: A maior preocupação com os timbres leva a inclusão de sons estranhos, intrigantes e exóticos; fortes contrastes, às vezes até explosivos; uso mais enfático da seção de percussão; sons desconhecidos tirados de instrumentos conhecidos; sons inteiramente novos, provenientes de aparelhagens eletrônicas e fitas magnéticas. Compositores (início do vanguardismo): Béla Bartók, Gustav Mahler, Richard Strauss, Giacomo Puccini, Claude Debussy, Maurice Ravel, Charles Ives, Edward Elgar, Frederick Delius, Arnold Schoenberg, Jean Sibelius, Elliott Carter, Sergei Rachmaninoff, Sergei Prokofiev, Gabriel Fauré, Alberto Ginastera, Gian-Carlo Menotti, Igor Stravinsky, Dmitri Shostakovich, Alban Berg, Manuel de Falla, Peter Maxwell Davies, Ottorino Respighi, John Cage, Benjamin Britten, Anton Webern, Ralph Vaughan Williams, Aaron Copland, Carl Nielsen, Paul Hindemith, György Ligeti, Olivier Messiaen, Kurt Weill, Milton Babbitt, Samuel Barber, Luciano Berio, Karlheinz Stockhausen, Heitor Villa-Lobos, Henri Dutilleux Gustav Holst, Carl Orff (figura: autor de Carmina Burana e Catulli Carmina), e Witold Lutosławski. Definições, influências e tendências: Aqui a música clássica perdeu muito espaço para o jazz americano. A música contemporânea do Século 20 se iniciou no cinema e televisão. O Jazz e o Blues tornaram-se a música popular no mundo. Os musicais da Broadway e novos filmes do cinema americana criaram novas tendências. Bossa nova - um derivado do Jazz americano no Brasil: Alguns críticos musicais destacam a grande influência que a cultura estadosunidense do Pós-Guerra combinada ao impressionismo erudito, de Debussy e Ravel, teve na bossa nova, especialmente do jazz. Além disso, havia um fundamental inconformismo com o formato musical de época. A palavra “bossa” apareceu pela primeira vez no Brasil na década de 1930. A bossa nova é um movimento da música popular brasileira surgido no final da década de 1950 e início da de 1960. Anos depois, a “Bossa Nova” se tornaria um dos gêneros musicais brasileiros mais conhecidos em todo o mundo, especialmente associado a João Gilberto (foto ao lado), Vinicius de Moraes, Antonio Carlos Jobim e Luiz Bonfá. Fim do “Vanguardismo” / Mais modernos - Compositores/Artistas: George Gershwin, Louis Armstrong, Duke Ellington, Fats Waller, Cab Calloway, Artie Shaw, Benny Goodman, Nat King Cole, Glenn Miller, Miles Davis, John Coltrane, Lionel Hampton, Teddy Wilson, Dizzy Gillespie, Ella Fitzgerald, William Count Basie, Charlie Parker, The Beatles & Jazz. Hoje existem infinitas tendências musicais ocorrendo simultaneamente. MÚSICA SACRA E ERUDITA Música Sacra “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao SENHOR com graça em vosso coração.” [Colossenses 3:16] A música sacra, no sentido mais usado, é a música erudita aplicada em cultos religiosos. As principais formas de música sacra foram escritas no mínimo para quatro vozes, baseadas ainda em modos. A expressão foi usada pela primeira vez na Idade Média, quando se decidiu que deveria haver uma teoria musical distinta para a música das missas e a música do culto, a sua forma mais antiga foi o canto gregoriano. A música sacra foi desenvolvida em todas as épocas da história da música ocidental, desde o Renascimento (Arcadelt, Des Près, Palestrina), passando pelo Barroco (Bach - Magnificat > BWV 243, Haendel > Judas Maccabaeus HWV 63), pelo Classicismo (Mozart > Réquiem em Ré menor, KV 626, Haydn, Nunes Garcia), pelo Romantismo (Brahms > Ein Deutsches Requiem (Réquiem Alemão) Op. 45, Bruckner, Gounod, César Franck, Saint-Saëns) e finalmente o Modernismo (Penderecki, Amaral Vieira). Sempre eram peças baseadas em textos religiosos - quase sempre em latim, com “salmos cantados”. Música Erudita Música clássica ou música erudita (do latim, eruditus, "educado" ou "instruído") ou ainda, “música séria” é um termo amplo utilizado para se referir à música estudada, em forma, estilo e analisada dentro das tradições seguindo cânones preestabelecidos no decorrer da história da música; produzida (ou baseada) nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, englobando um período amplo que vai, aproximadamente, do século IX até a atualidade. Esse manuscrito célebre na forma de coração (foto), foi copiado por volta de 1475 por Jean de Montchenu, protonotário e conselheiro do arcebisbo de Genebra. Este fólio é um rondó para três vozes de autoria do músico franco-flamengo Iohannes Regis (c.1430-1485). O texto diz: "Se quereis que vosso seja, Pensai que vos amarei, E lealmente vos servirei, Enquanto viva ou seja". Existe uma definição de que a música erudita seria a música feita durante o período de 1750 a 1830, em especial a de Haydn, Mozart e Beethoven. Neste período a música mais mencionada é a da Escola Clássica Vienense, refletindo a importância de Viena como capital musical da Europa nesse período. O termo "música clássica" só apareceu no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai de Bach até Beethoven como uma era de ouro. Nesse sentido a música clássica implica a antítese da música romântica feita em fins do século 17 e início do século 19, em que a ênfase recaía sobre os sentimentos, as paixões e o exótico, em lugar da razão, da contenção e de esteticismo da arte clássica. No Brasil A Música Erudita, ou Clássica, ou de Concerto, no Brasil começa nos primeiros séculos de colonização portuguesa. Com a chegada de D. João VI no Brasil, houve um grande impulso às atividades musicais. A corte estava bem servida por músicos do quilate de José Maurício Nunes Garcia (destacou-se como o primeiro grande compositor brasileiro) e Marcos Portugal, quando aqui chega, logo após a Missão Artística, o austríaco Sigismund von Neukomm (1778 – 1858). Aluno predileto de Haydn, Neukomm residiu no Brasil entre 1816 a 1821, período durante o qual compôs 45 obras, e foi professor de música do príncipe Dom Pedro e do autor do hino nacional, Francisco Manoel da Silva. Mas mesmo com todas as obras feitas por estes compositores, ainda no século 19, falar em música erudita brasileira era motivo de riso. Nessa época ignorava-se compositores como Alberto Nepomuceno e Brasílio Itiberê da Cunha, exatamente por causa da excessiva brasilidade de suas composições, e admitia-se Carlos Gomes. É a partir de Villa-Lobos que o Brasil descobre a música erudita, e o país passa a produzir talentos em série: Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Radamés Gnatalli, Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe e Cláudio Santoro. Atualmente o Brasil ainda não percebeu o devido valor da música clássica ou erudita ou de concerto, talvez por causa de nossa história ou de nossa situação político-econômica. Os músicos eruditos e os artistas em geral são "uma espécie de Quixotes, que lutam contra os moinhos de ventos". José Maurício Nunes Garcia nasceu no Rio de Janeiro a 22/091767, morreu em 18/04/1830. Filho de Apolinário Nunes Garcia, branco, e Victória Maria da Cruz, filha de escravos. Desde cedo se revelou talentoso para a música, compôs sua primeira obra em 1783, aos 16 anos. Aprendeu música com Salvador José de Almeida Faria, músico mineiro. Foi um dos maiores nomes de música colonial brasileira. Nomeado cantor da Capela Real com 42 anos, e integrou a orquestra da mesma instituição como timbaleiro (1823) e depois, como segundo violoncelo (1825), na corte. Também tocava violino, piano e órgão, além de organizar e dirigir conjuntos musicais. Destacou-se também como regente e promotor do ensino organizado de música no país. “Louvai ao Senhor Cantai ao Senhor um cântico novo, E o Seu louvor na congregação dos santos.” Salmos 149, 1 Este documento tem o fiel objetivo de esclarecer as principais dúvidas sobre o oboé, eliminar dúvidas, elucidar as pessoas e assim motivá-lo ao início do aprendizado deste instrumento a qualquer pessoa, sem restrições ou quaisquer discriminações. . Você que é estudante de música, lembre-se que ao estudar qualquer instrumento, faça com vontade e determinação, lutando para aperfeiçoar o seu aprendizado na música, pois assim teremos a possibilidade de nos aperfeiçoar como pessoas. E aos músicos cristãos, a vantagem excelente de exaltar o nosso DEUS com toda a nossa alma e o nosso coração. Marcos Oliveira E-mail: marcos_oboista@yahoo.com.br Acesse na internet: http://aprendaoboe.blogspot.com IMPRIMA ESTE ARTIGO. ESTE MATERIAL NÃO PODE SER VENDIDO. FOTO CÓPIAS SÃO PERMITIDAS.